quarta-feira, novembro 28, 2007

Para quê complicar?




Não pude deixar de notar e ficar satisfeito...


O meu chefe estava ao final da tarde, quando eu estava de saída, a dar-me indicações para o dia seguinte.

Estáva-mos com um processo crítico em mãos que já devia estar acabado e teria de ficar no dia seguinte. Ele estava a encarregar-me de resolver a questão e disse: "Epá, eu tive aí um problema e não vou poder vir..." mas logo refez "Oh, não tive problema nenhum, já tenho uma coisa marcada há muito tempo".


Terminámos a conversa e aquilo ficou-me a ressoar na cabeça...

Em duas frases seguidas observei como é fácil mentir sem haver necessidade nenhuma e ao mesmo tempo como não custa nada dizer simplesmente o que é mesmo.


E pergunto-me porque é tão forte a tendência para adulterar sempre mais do que o necessário. Vezes demais acabamos por complicar coisas simples que a verdade simplificaria ou pelo menos não complicaria necessariamente. Mas o enrolar parece sempre uma opção mais segura, menos compremetedora. E às tantas já nem reparamos que só nos compremetemos mais com o vício de acumular desculpas em cima de desculpas.

E ser verdadeiro é sempre tão libertador...


Tenho a certeza que o meu chefe não perdeu nada por ser sincero, com a certeza de que assim não tem motivo para ficar a pensar no que disse.

E eu fiquei contente por ele o fazer, e satisfeito por realizar que é possível viver num ambiente de honestidade!